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No Brasil em que vivemos ainda existe fome e pobreza?

No Brasil em que vivemos ainda existe fome e pobreza?

A Cáritas Brasileira realiza todos os anos a Semana da Solidariedade, na semana em que celebra seu aniversário, de 5 a 12 de novembro. Neste ano, na comemoração de seus 57 anos de concretização da sua missão de “testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social”, estamos motivados com o tema: Solidariedade e Justiça Social, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para refletir sobre a invisibilidade das desigualdades sociais que geram fome e pobreza existentes em nosso país, principalmente nas periferias das grandes e médias cidades e no meio rural. Desigualdades essas provocadas pelo atual modelo de desenvolvimento.

Os dados oficiais do Governo Federal apontam que nos últimos anos (2003 – 2012) o Brasil vem conseguindo combater a pobreza e a miséria de 16 milhões de brasileiros por meio dos programas de transferência de renda, principalmente “o Bolsa Família”, proporcionando uma real melhoria nas condições de vida das pessoas. No entanto, percebe-se ainda a necessidade de avançar para solucionar de maneira estruturante e efetiva essa mazela histórica que afeta toda sociedade, a exemplo da não realização de um processo mais amplo de reforma agrária e urbana.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é a sexta economia mais rica do mundo, mas 57 milhões de pessoas ainda vivem em estado de pobreza, ou seja, sobrevivem com meio salário mínimo. Mesmo com programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, 20% dos mais ricos ainda detém 63,8% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres acessam apenas 2,5% de toda a riqueza que é produzida pelo país.

Tendo como base esse cenário repugnante de negação de direitos, a Semana da Solidariedade deve ser assumida por todos os homens e mulheres que acreditam em um “outro mundo possível”, no Reino de Deus, na Terra Sem Males. Seja qual for o lugar social que ocupamos, dentro ou fora das estruturas religiosas, sociais ou políticas, nossa tarefa é agir por meio de gestos de solidariedade para a denúncia, superação da realidade e construção de uma cultura de direitos humanos para todos e todas no alcance pleno da justiça social.


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