Capacitação aborda educação contextualizada para convivência com o semiárido
A Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios concluiu, nos dias 12 e 13 deste mês, com a participação de 30 professores, o 3º módulo da Oficina de Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido, em Monteirópolis (AL).
A iniciativa faz parte do Projeto Cisternas nas Escolas e pretende estimular uma visão mais ampla dos educadores a respeito do tema, mostrando o quanto eles podem fazer mudanças, a partir de uma formação diferenciada, sobretudo nas 18 escolas rurais nos municípios de Monteirópolis e Pão de Açúcar, onde eles atuam.
Na capacitação, o professor Marco Gomes abordou a “Construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) nas escolas campo com suas especificidades”, refletindo sobre o perfil das comunidades rurais produzido pelos professores e professoras a partir dos trabalhos realizados nas oficinas anteriores e, sobretudo, para a necessidade de manter-se um diálogo permanente com a comunidade escolar para execução do PPP.
Já a representante do setor de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Alagoas, Luana Pomé, fez uma breve análise de conjuntura e um relato das experiências e trabalhos desenvolvidos nas escolas de assentamentos pelo setor que ela faz parte no movimento no estado de Alagoas. Além de inspirar e provocar uma reflexão sobre a participação e importância dos professores nesse processo de transformação, a representante do MST destacou que os movimentos de luta e resistência dos educadores são indispensáveis para ampliar as possibilidades e apressar as mudanças que se fazem necessárias dentro e fora dos muros das escolas.
O pároco de Monteirópolis, padre Bruno de Oliveira, falou sobre a Encíclica Papal Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum. No final, a articuladora da Cáritas Regional NE2, Maria Aparecida Mafra, tratou do papel dos professores na mudança das práticas a partir dos conhecimentos adquiridos com a formação.
Por Wagner Cesario | Assessoria de Comunicação da Cáritas Brasileira NE2.
Fotos: arquivo Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios