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CBNE2 e movimentos que atuam na área de Economia Solidária reforçam importância de disputar espaço no orçamento e programa de governo

CBNE2 e movimentos que atuam na área de Economia Solidária reforçam importância de disputar espaço no orçamento e programa de governo

Este é um governo em disputa e é preciso que os movimentos se fortaleçam para essa batalha. Esta foi uma das constatações de dirigentes e militantes da Educação Popular e da Economia Solidária, durante a 3ª Conferência Temática realizada nos dias 8 e 9 de novembro, em Brasília. A Cáritas Nordeste 2 foi representada pela assessora técnica de Economia Popular Solidária (EPS), Marilise Froes, e pelo assessor de Segurança Alimentar e Nutricional, Germano Barros.

Em pauta, as Políticas Públicas da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), em especial os programas de Formação Manoel Quirino e Paul Singer. O encontro ocorre após dez anos de intervalo e marca a retomada da Conferência Nacional de Economia Solidária e Conferências Temáticas. Apesar disso, o cenário é difícil e impõe a necessidade de organização do movimento para disputar, não apenas o orçamento, quanto uma concepção política e programática no governo federal.

Nos diversos painéis de discussão, os representantes do Fórum Nacional de Economia Solidária e do Fórum Autogestionário de Educação Popular foram contundentes em suas considerações à opção do governo em focar no “déficit zero” ao invés de investir em políticas públicas para a sociedade. “A palavra de ordem da Rede de Educadores e Educadoras populares da economia solidária foi: ‘Nem a menos, nem a mais, 10 bilhões de orçamento para Senaes – Secretaria Nacional de Economia Solidária'”, conta Germano.

“Entende-se que é necessário a rearticulação dos fóruns, juntamente com as entidades de fomento e dos empreendedores solidários, para garantir políticas públicas efetivas e eficientes para este eixo, que tem um potencial imenso para mover a estrutura do sistema econômico”, afirma Marilise Froes, assessora técnica de EPS da Cáritas NE2.

Os participantes também alertaram para a dissonância entre a compreensão de empreendedorismo mercadológico e a do empreendedorismo solidário.

Para Gilberto Carvalho, que está à frente da Secretaria Nacional de Economia Solidária e esteve com o grupo no segundo dia de Conferência, não é estratégico romper com as bancadas mais expressivas do poder legislativo e muito menos viável abrir mão de algumas parcerias. O plenário, por sua vez, compreende as argumentações, mas reforçou as críticas à metodologia e concepção destes parceiros.

Ao final, o grupo também apontou que as decisões e o planejamento das políticas públicas sejam socializados e construídos em parceria com o Fórum Nacional de Economia Solidária, como era feito na gestão de Paul Singer, em 2011.


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