Cisternas- água de qualidade e exercício de cidadania para famílias no Agreste Meridional de Pernambuco

A gestão e distribuição de recursos hídricos é um grande desafio, pois a água é um elemento essencial a todo ser humano, e a todo ser vivo. Quando se trata desta questão na zona rural semiárida brasileira, nota-se a ausência de abastecimento e atendimento, e falta de saneamento básico) precário de água, tornando a região onde os efeitos da escassez hídrica são mais sentidos no país.
Um caminho adotado para contornar esta situação, foi a captação de água das chuvas por meio de cisternas promovido pelo Programa um Milhão de Cisternas (P1MC). O programa contempla a utilização de tecnologias sociais tradicionais originadas das práticas das populações interessadas.
No mês de fevereiro representantes das organizações dos estados do Regional NE 2 que irão executar o Pgm P1MC se reuniram em Caruaru (PE), para participar da Oficina de Qualificação das tecnologias do P1MC.
O objetivo da oficina foi compartilhar experiências e aprimorar o processo de construção de cisternas e o papel dos cisterneiros e das cisterneiras, e os cuidados para evitar danos à estrutura dos reservatórios.
Durante os três dias de oficina os participantes construíram a linha do tempo no Acesso à Água, fizeram uma análise de conjuntura do antes e depois da Articulação do Semiárido (ASA), discutiram sobre desafios e estratégias na construção das cisternas de placas e realizaram intercâmbio para conhecer experiências com cisternas construídas nesse momento de retomada do programa, no município de Riacho das Almas.
A cisterna é um equipamento de baixo custo com capacidade para 16 mil litros e que já chegou a mais de 1,2 milhão de famílias do semiárido nordestino e de Minas Gerais. Hoje, essa tecnologia social é referência mundial na democratização da água e no combate à desertificação. No Agreste Meridional de Pernambuco a Cáritas Brasileira Nordeste 2 (CBNE2) e Cáritas Diocesana de Garanhuns vão executar o Programa Cisternas, em quatro municípios: Caetés, Paranatama, Capoeiras e Terezinha atendendo 584 famílias chegando aproximadamente a 2 mil pessoas.