Curso capacita técnicos de campo sobre a importância do sistema agroflorestal
A contínua aceleração no modo de se viver, atualmente, tem trazido sérios problemas entre a relação ser humano e meio ambiente. Diversos impactos ambientais estão surgindo, como aumento do desmatamento, das queimadas, do consumo de agrotóxicos, entre outros. Por sua vez, o Papa Francisco, na encíclica Laudato Si, faz um alerta: “O meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos”.
Diante dessa realidade, a Cáritas Brasileira Nordeste 2 (CBNE2) vem promovendo e participando de encontros e formações que ampliem as iniciativas nas áreas de convivência com biomas e segurança alimentar e nutricional. Com isso, nos dias 09 e 10 de novembro, a equipe técnica e assessoria participou do curso Curso Prático de Agroflorestal, na comunidade de Engenho Bom Fim, Zona Rural do município de Ipojuca. O momento foi conduzido pelo educador agroflorestal, Namastê Messerschmidt, e contou com a presença, também, de agricultores e representantes de associações da região.
O agrofloresta é um sistema ancestral de uso da terra que vem sendo praticado há milhares de anos por agricultores do mundo todo. No entanto, nos anos mais recentes, também têm sido desenvolvido como uma ciência que se compromete a ajudar agricultores a incrementar produtividade, rentabilidade e sustentabilidade em suas terras. Sua técnica imita a natureza, ou seja, o solo deve ficar sempre coberto pela vegetação, aprimorando a ideia de que muitos tipos de plantas juntas ajudam umas às outras, o que diminui os problemas com “pragas” ou “doenças”, dispensando assim o uso de venenos.
Na metodologia trazida no curso, ainda teve a parte prática e a explanação de diferentes tipos e formatos de aglofloresta. Os participantes puderam, ao final, fazer uma instalação de um sistema agroflorestal do zero como preparo do solo, plantio de hortaliças e frutíferas e espécies nativas, e por último, a instalação do sistema de irrigação.
“O curso foi de grande importância para fortalecer os saberes existentes sobre a agrofloresta e aprofundar nas práticas e conceitos da atualidade. Também vai nos ajudar nas nossas atividades de campo juntos com os/as agricultores/as que acompanhamos nos projetos”, afirmou o técnico de campo da CBNE2, Gideão Patrício.
