Grupos acompanhados pela Rede Cáritas Regional Nordeste 2 participam de Feira da Economia Popular Solidária em Crateús, Ceará

O sabor de cada alimento saudável, a riqueza de cores e o acabamento encontrado nos artesanatos e a alegria estampada na expressão das pessoas foram as principais características que marcaram a 18ª edição da Feira de Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária dos dos territórios Inhamuns e Crateús, no Sertão do Ceará, realizada pela Cáritas Diocesana de Crateús, entre os dias 26 de maio a 02 de junho, cujo tema foi “Agricultura familiar: Comida na mesa, gente feliz”.
Após três anos de atividades reduzidas e remotas, devido ao período da pandemia da covid-19, a feira pode retornar com uma ampla participação de agricultores/as familiares e produtores/as de 35 municípios do Norte e Nordeste do Brasil. Consolidado como o maior evento da região, estima-se que cerca de 25 mil pessoas tenham circulado nesta edição, que contou com a participação de 193 empreendimentos, 350 feirantes e 300 voluntários/as.
De acordo Rosário Araujo, doceira do Fórum de Mulheres da Economia Solidária do Seridó, do município de Caicó (Rio Grande Norte) e acompanhada pela Cáritas Diocesana de Caicó, a feira é uma oportunidade de comercializar diretamente para o/a consumidor/a, ou seja, garantido que os produtos cheguem diretamente na mesa deles com um preço mais acessível. “Também é uma maneira de valorizar o nosso conhecimento, que desenvolvemos ao longo do tempo, além da valorização dos/as agricultores/as familiares, das mulheres que vivem em grupos, cooperativas, associações e estão em vulnerabilidade social. Participar desta feira, é acreditar que somos capazes, conclui.”
A assessora regional de Economia Popular e Solidária da Cáritas NE2, Rosangela Bolt, falou sobre sua a satisfação em participar e representar a Cáritas em um evento de grande visibilidade e riqueza de conhecimento. “Como eu costumo falar, feira é sempre um local de muita alegria, comunicação, troca de experiência e saberes. Para a economia solidária, a feira é um ato pedagógico, um ato político, além de ser um momento de formação. É aqui que aprendemos que o mercado pode ser diferente, a partir do consumo consciente e sustentável.”
Segundo Adriano Leitão, Coordenador Executivo da Cáritas Diocesana de Crateús, “a edição deste ano superou as expectativas e as edições anteriores”. Segundo ele, em diálogos com os feirantes ainda durante o evento, foi possível notar a satisfação de cada um com as vendas. No segundo dia de feira já se podia identificar barracas que haviam vendido toda a sua produção.
Além dos momentos de formações sobre beneficiamento e produção de diversos produtos a partir dos insumos da agricultura familiar realizados em parceria com o Instituto Federal do Ceará (IFCE), durante a noite houve apresentações culturais e artísticas que animaram os dois dias de atividades. Subiram ao palco o cantor Manuelzinho, IF Crateús Jazz, o grupo Só DeBubuia, do estado do Amazonas, e a cantora Fatinha Veras.